Lembro-me do dia em que nos conhecemos. Lembro-me de como olhei em seus olhos após servi um café desnatado. Lembro-me de seu sorriso e de suas bochechas coradas levemente e de seu olhar furtivo. Lembro-me do dia em que realmente nos conhecemos. Lembro-me do seu vestido azul de seda que balançava levemente na brisa enquanto estávamos sentados na grama daquela praça, em que as palavras fugiam de nossos lábios e eram substituídas por olhares e sorrisos. Lembro-me de que não me contive e toquei sua mão e você sorriu vagamente, e apreciei cada vez mais o brilho dos seus olhos aumentarem cada vez mais. Lembro-me que, até sem querer, nossos rostos foram aproximando-se até que nossos olhares, nossos lábios, estavam a centímetros um do outro. Lembro-me de que eles se aproximavam ainda mais e de repente, as borboletas em meu estômago aumentavam, minhas mãos estavam trêmulas e suavam frio, embora afastasse com elas seu cabelo e puxei você, com delicadeza, para meus lábios à sua espera. Lembro-me de que nenhuma garota até aquele momento conseguirá produzir aquela sensação em mim. Lembro-me do fervor em nosso primeiro beijo cálido e suave. Lembro-me daquela tarde em que tudo corria perfeitamente bem. Lembro-me do enorme desejo que se apoderou dentro de mim de ter você ao meu lado e jamais deixar você ao menos pesar na idéia de partir. Lembro-me que fomos até sua bela casa de mãos dadas e que seus pais esperavam na varanda. Ele, um homem rígido mais de aparência bondosa e sua mãe com um sorriso gracioso e juvenil. Lembro-me do seu olhar se entristecer por ter de dar um adeus temporariamente curto. Lembro-me da vontade de sair pulando pela rua até minha casa, absorto em pensamentos que ligavam em você, com os olhos brilhando e um grande sorriso. Lembro-me da gratidão que sentia todas às vezes quando o Sol rapidamente nascia e sabia que iria encontrá-la novamente na cafeteria, e servi-la de seu preferido café desnatado, muitas vezes com bolinhos. Lembro-me das tantas outras vezes que meu chefe tinha de me chamar à atenção para que eu pudesse servi os outros enquanto só conseguia olhar para você e seu sorriso e seus lábios até que muitas vezes eles se uniam novamente. Lembro-me do dia em que estávamos no mesmo parque em que nos conhecemos e entreguei a você o anel, apenas um símbolo da nossa união eterna. Lembro-me do dia em que estava no altar, mais nervoso do que o que se pode explicar e ver a porta da igreja se abrir com a jovem mais linda que se possa descrever, com um dos braços em volta do de seu pai e no outro segurando um buquê, com um vestido que lhe caia mais perfeitamente do que em qualquer outro alguém. Lembro-me da felicidade indescritível que senti depois de colocarmos as alianças e sermos declarados pertencentes um do outro para todo o sempre e também do primeiro beijo de casados mais cálido que alguém possa ter dado. Lembro-me de nossa primeira e mágica noite, tão revestida de amor quanto não se pode imaginar nem impor fronteiras. Lembro-me de nossos sorrisos, olhares e beijos que não mudavam nunca e que cresciam a cada vez mais. Lembro-me do quanto fui idiota em fazer com que você partisse e agora sinto as conseqüências do meu horrendo ato. Lembro-me das noites em claro que passo, lembrando de seu sorriso, do seu olhar, de seus beijos, de sua pele, que queimam em minha memória como uma chapa ardente e que me faz corroer por dentro de forma que fico louco. Lembro-me como hoje, que nada é como antes. O céu não é mais tão azul, o Sol perdeu seu brilho, o vento age contra vontade, os pássaros já não cantam, as flores já não exalam o mesmo aroma nem seu brilho… enfim, nada é como antes. Sei que você não está longe e grita dentro de si mesma para voltarmos…★ღVandoღ★.
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